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7 pecados de skincare que podem acabar com sua pele

7 pecados de skincare que podem acabar com sua pele.

Cuidados de skincare, cada dia mais, tomam conta das redes sociais, blogs, revistas. Todo mundo tem uma opinião formada sobre, muitas regras (nem sempre pautadas em comprovações científicas). Muita gente por aí já criou a tag – 7 pecados capitais da beleza. E tem muita redundância nestes posts, algumas verdades, e algumas “viagens”. Enfim, para tratar do assunto com responsabilidade, me pautei no material que recebi e que foi embasado nas considerações de médicos com expertise na área.

7 pecados de skincare que podem acabar com sua pele

Cuidar da pele é algo relativamente novo para nós (ocidentais). Com a influência cada vez maior do mundo oriental, ficamos obcecadas pelo skincare coreano (ou japonês), e para não perder tempo, buscamos o máximo de informação, mas continuamos com nosso modo de vida acelerado, querendo resultados rápidos e milagrosos, conforme as campanhas de marketing da indústria de cosméticos insistem em nos bombardear.

Mas nada é tão simples assim, e mesmo quem já tem uma rotina de skincare pode acabar enfrentando problemas por falta de informação (correta), preguiça, ou ansiedade, o que no futuro pode favorecer o envelhecimento precoce (que ninguém quer).

 

1- Não usar filtro solar no frio, em dias nublados ou chuvosos

Pode parecer fora de realidade, mas as queimaduras solares também acontecem em dias nublados, no outono e no inverno. “Isso ocorre porque as nuvens absorvem por volta de 10% da radiação ultravioleta, ou seja, apesar do dia não estar ensolarado, ele tem praticamente a mesma intensidade de radiação ultravioleta que um dia megaensolarado”, destaca a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A dermatologista lembra que o índice mínimo de filtros solares recomendado é FPS 30.

“Mas, para algumas peles muito sensíveis ou com manchas, o ideal é abusar de um FPS mais alto, porque há, sim, diferença de proteção entre FPS. E o protetor deve garantir proteção contra UVA, radiação ultravioleta A, um tipo de radiação que atinge a pele mais profundamente, causa o fotoenvelhecimento, aparecimento das rugas e manchas”, afirma. O fotoprotetor deve ser usado todo dia e repassado após três horas em exposição direta e após quatro horas em ambientes fechados.

2- Abusar do uso de retinoides

Nenhum retinoide (retinol ou ácido retinoico) deve ser usado sem que haja a prescrição de um dermatologista! Dito isto, vamos entender por que isso acontece: “Estamos falando de um ácido (vitamina A ácida), que pode provocar irritabilidade, hipersensibilidade, até uma queimadura, quando mal utilizado, em concentração acima do que a pele pode suportar, ou muitas vezes sendo utilizado de uma maneira inadequada, sem orientação médica”, diz a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da SBD.

Outro problema que pode surgir na pele, com o excesso desse ácido, são os vasinhos: “Quando fazemos peeling ou usamos ácidos, estamos criando um processo inflamatório, ‘queimando a pele’ para ela descamar. Se esse processo for excessivo, abusivo, pode gerar, sim, os vasinhos no rosto”, argumenta a Dra. Aline Lamaita, angiologista e cirurgiã vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. De acordo com a Dra. Claudia, geralmente os retinoides são prescritos no inverno e não devem ser usados de maneira contínua, pois a pele fica mais fina, avermelhada e delicada, o que a deixa susceptível a agressores ambientais, como mormaço, calor, luz visível, poluição e especialmente o sol.

“O uso dele é obrigatoriamente noturno, o ideal é começar com a aplicação de duas a três vezes por semana, intercalados com nutritivos adequados à pele, como Overnight Repair, Progenitrix, Vitamina C e nutriomega 3, 6, 7 e 9”, diz a dermatologista. E lembre-se: no dia seguinte, é necessário lavar o rosto e usar um filtro solar potente.

3- Usar bons produtos na hora errada

Quando usamos produtos noturnos durante o dia, corremos o risco de fotossensibilização, segundo o Dr. Jardis Volpe, dermatologista membro da SBD. Um dos principais erros, nesse sentido, é fazer uso de ácidos de manhã. “Esses produtos podem fazer a pele descamar e deixá-la mais sensível, o que é um perigo tendo em vista que a radiação solar e a poluição podem causar muito mais danos”, explica o médico.

“Então é importante que esses produtos, quando prescritos pelo dermatologista à noite, ou quando o paciente vê no rótulo os posicionamentos “over night”, “creme para noite”, “night cream”, sejam utilizados de fato à noite”, afirma. Durante a noite a pele vai experimentar um período de reparação celular, então, os cremes devem ajudar a pele a renovar as células. Por outro lado, durante o período matutino, a fotoproteção da pele é essencial, então além do filtro solar, devemos apostar em ativos antioxidantes com ações específicas contra poluição e outras agressões ambientais. “Podemos usar cremes com Exo-P (antipoluição), Vitamina C (antioxidante) e Alistin (antioxidante)”, diz o médico.

4- Negligenciar as “áreas esquecidas”

Na rotina de beleza diária da pele, muitas pessoas concentram-se no rosto, afinal é a região onde surgem rugas e linhas de expressão. “Porém, outras regiões do corpo, como joelhos e cotovelos, também sofrem igualmente, e às vezes até mais (por conta das características da pele da região), com os danos externos que levam ao processo de envelhecimento precoce. Logo, necessitam de cuidados tanto quanto o rosto”, diz a dermatologista Dra. Kédima Nassif, membro da SBD. No caso dos joelhos e cotovelos, abuse da vitamina E e óleos naturais.

Para o pescoço, colo e a área atrás da orelha, o ideal é estender os cuidados do rosto, com hidratantes associados a antioxidantes com Vitamina C, Alistin e Hyaxel, além da fotoproteção. “Também é necessário usar cremes específicos para área dos olhos e lembre-se de usar um fotoprotetor, já que, nos últimos anos, a incidência de câncer de pele aumentou em 10% nas pálpebras. Vale a pena também apostar nos óculos escuros com proteção UV”, acrescenta a Dra. Kédima.

5- Acreditar que a pele é “imutável”

É um erro comum insistir em cosméticos e fórmulas que foram boas e deram resultados 10 anos atrás. “Conforme vão mudando as características da pele, os cuidados que devemos ter com ela se modificam também. Como na adolescência, em que a pele tem tendência a ser mais oleosa, na faixa dos 50 anos há cada vez mais um ressecamento cutâneo. Por isso, manter uma rotina igual para cuidar da pele será ineficaz para as diferentes fases da vida”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff. Como algumas substâncias devem ser inseridas em cada etapa da vida, o melhor a fazer é consultar um médico dermatologista que, após avaliação, prescreverá o produto ideal.

6- Acreditar que procedimentos fazem milagres

É muito comum que as pessoas procurem por procedimentos para rejuvenescer acreditando que sairão do consultório quase que irreconhecíveis. “Porém, não existem procedimentos que rejuvenescerão o rosto em uma única sessão de maneira rápida e simples, pois é impossível reverter de uma única vez todos os danos do envelhecimento causados ao longo de anos”, diz a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

“O ideal então é conversar com seu médico para verificar a possibilidade da combinação de diferentes procedimentos que, realizados em uma determinada sequência e ao longo de um certo tempo, potencializarão os resultados esperados”, recomenda a cirurgiã. Após a cirurgia, também é preciso adequar alguns hábitos, como parar de fumar, diminuir a quantidade de açúcar e sal na alimentação e ter muito cuidado com bebidas alcóolicas. “Quem ingere álcool em excesso, sente muita sede, principalmente no dia seguinte. Isso acontece porque o organismo precisa de água para metabolizar o álcool. No entanto, se não houver água suficiente, o organismo busca nos tecidos periféricos a água para realizar o seu trabalho.

E esse é o grande problema, pois a perda d’água afeta a pele, diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro titular da SBCP. “Além disso, o álcool é especialmente maléfico após a realização de um procedimento estético, afetando na recuperação e até mesmo nos resultados”, acrescenta o médico.

7- Pensar que os cremes mais caros serão a salvação da sua pele

Para quem fica muito ligado em novidade, é bom saber que nem sempre comprar um produto inovador vai ser a salvação. “Essa paciente precisa ter a orientação de um especialista, de seu dermatologista. Porque muitas vezes esse produto não é adequado para o tipo de pele, época do ano, fototipo e condições naturais genéticas daquela pele”, afirma a Dra. Claudia. Além disso, os cremes não fazem milagres.

“Quando falamos sobre investimento em anti-aging, isso tem de partir da mudança da qualidade de vida dessa pessoa, pois nós sabemos que a genética é importante, mas ela não responde pela maior parte, quando falamos em equilíbrio e longevidade e com qualidade de vida. Então, os tripés de sustentação como alimentação, atividade física e proteção à ação danosa da radiação ultravioleta.

Além disso, ter uma vida com menos estresse é fundamental”, diz a médica. “Muitas vezes, essa paciente precisa de nutracêuticos como Exsynutriment, InCell e Bio-Arct para promover, de dentro para fora, um estímulo às proteínas de sustentação da pele. E hoje temos muitas tecnologias em consultório que podem ser indicadas para um tratamento completo e eficaz do paciente”, finaliza a médica.

Enfim, a verdade é que não existe mágica mesmo. Os cuidados são importantes, mas precisamos ficar atentas às informações, principalmente na internet, com muita gente se achando especialista. Procurar seu dermatologista quando tiver uma dúvida ou problemas mais sério é sempre a melhor opção.

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